quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cecília Meireles - Biografia


Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles, funcionário do Banco do Brasil S.A., e de D. Matilde Benevides Meireles, professora municipal, Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, na Tijuca, Rio de Janeiro. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. O pai faleceu três meses antes do seu nascimento, e sua mãe quando ainda não tinha três anos. Criou-a, a partir de então, sua avó D. Jacinta Garcia Benevides. Escreveria mais tarde:"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.

(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade.

(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre esses dois tempos de vida, unidos como os fios de um pano."
Conclui seus primeiros estudos — curso primário — em 1910, na Escola Estácio de Sá, ocasião em que recebe de Olavo Bilac, Inspetor Escolar do Rio de Janeiro, medalha de ouro por ter feito todo o curso com "distinção e louvor". Diplomando-se no Curso Normal do Instituto de Educação do Rio de Janeiro, em 1917, passa a exercer o magistério primário em escolas oficiais do antigo Distrito Federal.

Dois anos depois, em 1919, publica seu primeiro livro de poesias, "Espectro". Seguiram-se "Nunca mais... e Poema dos Poemas", em 1923, e "Baladas para El-Rei, em 1925.

Casa-se, em 1922, com o pintor português Fernando Correia Dias, com quem tem três filhas:  Maria Elvira, Maria Mathilde e Maria Fernanda, esta última artista teatral consagrada. Suas filhas lhe dão cinco netos.

Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio "O Espírito Vitorioso", uma apologia do Simbolismo.

Correia Dias suicida-se em 1935. Cecília casa-se, em 1940,  com o professor e engenheiro agrônomo Heitor Vinícius da Silveira Grilo.

De 1930 a 1931, mantém no Diário de Notícias uma página diária sobre problemas de educação.

Em 1934, organiza a primeira biblioteca infantil do Rio de Janeiro, ao dirigir o Centro Infantil, que funcionou durante quatro anos no antigo Pavilhão Mourisco, no bairro de Botafogo.

Profere, em Lisboa e Coimbra - Portugal, conferências sobre Literatura Brasileira.

De 1935 a 1938, leciona Literatura Luso-Brasileira e de Técnica e Crítica Literária, na Universidade do Distrito Federal (hoje UFRJ).

Publica, em Lisboa - Portugal, o ensaio "Batuque, Samba e Macumba", com ilustrações de sua autoria.

Colabora ainda ativamente, de 1936 a 1938, no jornal A Manhã e na revista Observador Econômico.

A concessão do Prêmio de Poesia Olavo Bilac, pela Academia Brasileira de Letras, ao seu livro Viagem, em 1939, resultou de animados debates, que tornaram manifesta a alta qualidade de sua poesia.

Publica, em 1939/1940, em Lisboa - Portugal, em capítulos, "Olhinhos de Gato" na revista "Ocidente".

Em 1940, leciona Literatura e Cultura Brasileira na Universidade do Texas (USA).

Em 1942, torna-se sócia honorária do Real Gabinete Português de Leitura, no Rio de Janeiro (RJ).

Aposenta-se em 1951 como diretora de escola, porém continua a trabalhar, como produtora e redatora de programas culturais, na Rádio Ministério da Educação, no Rio de Janeiro (RJ).

Em 1952, torna-se Oficial da Ordem de Mérito do Chile, honraria concedida pelo país vizinho.

Realiza numerosas viagens aos Estados Unidos, à Europa, à Ásia e à África, fazendo conferências, em diferentes países, sobre Literatura, Educação e Folclore, em cujos estudos se especializou.

Torna-se sócia honorária do Instituto Vasco da Gama, em Goa, Índia, em 1953.

Em Délhi, Índia, no ano de 1953, é agraciada com  o título de Doutora Honoris Causa da Universidade de Délhi.

Recebe o Prêmio de Tradução/Teatro, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte, em 1962.

No ano seguinte, ganha o Prêmio Jabuti de Tradução de Obra Literária, pelo livro "Poemas de Israel", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.

Seu nome é dado à Escola Municipal de Primeiro Grau, no bairro de Cangaíba, São Paulo (SP), em 1963.

Falece no Rio de Janeiro a 9 de novembro de 1964, sendo-lhe prestadas grandes homenagens públicas. Seu corpo é velado no Ministério da Educação e Cultura. Recebe, ainda em 1964, o Prêmio Jabuti de Poesia, pelo livro "Solombra", concedido pela Câmara Brasileira do Livro.

Ainda em 1964, é inaugurada a Biblioteca Cecília Meireles em Valparaiso, Chile.

Em 1965,  é agraciada com o Prêmio Machado de Assis, pelo conjunto de sua obra, concedido pela Academia Brasileira de Letras. O Governo do então Estado da Guanabara denomina Sala Cecília Meireles o grande salão de concertos e conferências do Largo da Lapa, na cidade do Rio de Janeiro. Em São Paulo (SP), torna-se nome de rua no Jardim Japão.

Em 1974, seu nome é dado a uma Escola Municipal de Educação Infantil, no Jardim Nove de Julho, bairro de São Mateus, em São Paulo (SP).

Uma cédula de cem cruzados novos, com a efígie de Cecília Meireles, é lançada pelo Banco Central do Brasil, no Rio de Janeiro (RJ), em 1989.

Em 1991, o nome da escritora é dado à Biblioteca Infanto-Juvenil no bairro Alto da Lapa, em São Paulo (SP).

O governo federal, por decreto, instituiu o ano de 2001 como "O Ano da Literatura Brasileira", em comemoração ao sesquicentenário de nascimento do escritor Silvio Romero e ao centenário de nascimento de Cecília Meireles, Murilo Mendes e José Lins do Rego.

Há uma rua com o seu nome em São Domingos de Benfica, uma freguesia da cidade de Lisboa. Na cidade de Ponta Delgada, capital do arquipélago dos Açores, há uma avenida com o nome da escritora, que era neta de açorianos.

Traduziu peças teatrais de Federico Garcia Lorca, Rabindranath Tagore, Rainer Rilke e Virginia Wolf.

Sua poesia, traduzida para o espanhol, francês, italiano, inglês, alemão, húngaro, hindu e urdu, e musicada por Alceu Bocchino, Luis Cosme, Letícia Figueiredo, Ênio Freitas, Camargo Guarnieri, Francisco Mingnone, Lamartine Babo, Bacharat, Norman Frazer, Ernest Widma e Fagner, foi assim julgada pelo crítico Paulo Rónai:

"Considero o lirismo de Cecília Meireles o mais elevado da moderna poesia de língua portuguesa.  Nenhum outro poeta iguala o seu desprendimento, a sua fluidez, o seu poder transfigurador, a sua simplicidade e seu preciosismo, porque Cecília, só ela, se acerca da nossa poesia primitiva e do nosso lirismo espontâneo...A poesia de Cecília Meireles é uma das mais puras, belas e válidas manifestações da literatura contemporânea.

Bibliografia
Itaú Cultural
Arnaldo Jr.

Cecília Meireles e A Arte de Ser Feliz com uma receita de Jasmim.


A Arte de Ser Feliz
Houve um tempo em que a minha janela se abria para um chalé.
Na ponta do chalé brilhava um grande ôvo de louça azul.
Nesse ôvo cotumava pousar um pombo branco.
Ora, nos dias límpidos, quando o céu ficava da mesma côr do ôvo de louça, o pombo parecia pousado no ar.
Eu era criança, achava essa ilusão maravilhosa, e sentia-me completamente feliz.
Houve um tempo em que a minha janela dava para um canal.
No canal oscilava um barco.
 Um barco carregado de flôres.
Para onde iam as flôres? quem as comprava? em que jarra, em que sala, diante de quem brilhariam, na sua breve existência? E que mãos as tinham criado? E que pessoas iam sorrir de alegria ao recebê-las?
Eu não era mais criança, porém minha alma ficava completamente feliz.
Houve um tempo em que minha janela se abria para um terreiro, onde uma vasta mangueira alargava sua copa redonda.
À sombra da árvore, numa esteira, passava quase todo o dia sentada uma mulher, cercada de crianças.
E contava histórias.
Eu não a podia ouvir, da altura da janela; e mesmo que a ouvisse, não a entenderia, porque isso foi muito longe, num idioma difícil.
Mas as crianças tinham tal expressão no rosto, e às vêzes faziam com as mãos arabescos tão compreensíveis, que eu participava do auditório, imaginava os assuntos e suas peripécias e me sentia completamente feliz.
Houve um tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de giz.
Perto da janela havia um jardim quase seco.
Era numa época de estiagem, da terra esfarelada,e o jardim parecia morto.
Mas todas as manhãs vinha um pobre homem com um balde,e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sôbre as plantas.
Não era uma rega: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse.
E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor.
Outras vezes encontro nuvens espêssas.
Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam o muro.
Gatos que abrem e fechamos olhos, sonhando com pardais.
Borboletas brancas, duas a duas, como refletidas no espelho no ar.
Marimbondos que sempre me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes, um avião passa.
Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino.
Eu me sinto completamente feliz.
Mas quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada janela, uns dizem que essas coisas não existem, outros que só existem diante das minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para poder vê-las assim.
Cecilia Meireles



Hoje a receita é simples, assim como é simples ser feliz!

Ser feliz é conseguir olhar para dentro de si com os olhos bem fechados.
É sentir as batidas do coração alimentando a alma.
A alma por sua vez, silenciosamente entendendo seu propósito, levando o corpo para o caminho infinito e aberto.

Manter olhos fechados, sentir paz incessante, atravessar o rio da vida com calma.
Ser ancião de si próprio
Entender a alma do próximo, sem julgar.
Observar a vida sem questionar

A Felicidade é como flores de jasmim, vem como um botão, vai se abrindo no tempo certo, sem pressa sem ansiedade.
Desperta seu aroma e assim vai contagiando todos que passam.
Ela vai se fechando, muda coloração, esta partindo...

Deixa seu pólen
Semeou a vida
E uma parte dela continuará

Ela não morre.
Ela revive e renasce.
Sua matéria renova
Seu aroma como alma é sutil, vai embora...
Permanece na memória de quem pode sentir seu aroma.

A felicidade, assim como a flor, renasce em outras formas e outros jardins, semeando e aromatizando.

Jasmim na cozinha

Chá de Jasmim com Manga - Homenagem a Arte de ser Feliz!

500ml de água fervente
7 flores de jarmim (flor miúda e branca) ou comprar o chá pronto.
1 colher de café de Manga picadinha

Não adoçar.

Coloque a manga no fundo da xícara e despeje lentamente o chá.
Sirva em um xícara de porcelana

Se quiser, pode retirar a manga. Agora se você tem uma mangueira em casa pode fazer um chá da tarde charmoso e degustar em baixo de sua sombra.

Arroz doce com Jasmim

1 xícara de arroz bem lavado
250ml de leite de coco
1 xícara de café de açúcar demerara
500ml de chá de jasmim.
2 Canelas em pau
7 Cravos
3 Cardamomos

Cozinhe o arroz com o chá de jasmim, canela em pau, cravo, cardamomo e açúcar.
Após desligar o fogo despeje o leite de coco
Se quiser pode acrescentar coco ralado fresco

Sirva em um xícara de chá decorada com uma flor de jasmim.

Curiosidade

Originário do Irã, o nome do jasmim (em Persa) quer dizer "felicidade celestial", e ele capturou a imaginação dos poetas e perfumistas ao longo dos milênios.
O jasmim também é conhecido como o senhor da noite e como "luar da floresta", porque seu aroma sedutor se intensifica nas horas noturnas.
O aroma do jasmim: uma fragrância caracteristicamente rica, quente e floral, doce e exótica, com um leve tom subjacente de frutas e chá
Dizem que o jasmim evita briga, harmoniza e purifica ambientes, traz estado de alegria, ajuda no discernimento e eleva a alma..
O chá da planta é antidepressivo, estimula a sensibilidade, alivia tensões musculares é rejuvenescedor, entre outras propriedades.

Nos rituais hindus, o jasmim simboliza amor e felicidade.

Um brinde a felicidade!

Carlos Drummond de Andrade - Biografia

Carlos Drummond de Andrade nasceu em Itabira do Mato Dentro - MG, em 31 de outubro de 1902. De uma família de fazendeiros em decadência, estudou na cidade de Belo Horizonte e com os jesuítas no Colégio Anchieta de Nova Friburgo RJ, de onde foi expulso por "insubordinação mental". De novo em Belo Horizonte, começou a carreira de escritor como colaborador do Diário de Minas, que aglutinava os adeptos locais do incipiente movimento modernista mineiro.

Perante a insistência familiar para que obtivesse um diploma, formou-se em farmácia na cidade de Ouro Preto em 1925. Fundou com outros escritores A Revista, que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas. Ingressou no serviço público e, em 1934, transferiu-se para o Rio de Janeiro, onde foi chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação, até 1945. Passou depois a trabalhar no Serviço do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e se aposentou em 1962. Desde 1954 colaborou como cronista no Correio da Manhã e, a partir do início de 1969, no Jornal do Brasil.O modernismo não chega a ser dominante nem mesmo nos primeiros livros de Drummond, Alguma poesia (1930) e Brejo das almas (1934), em que o poema-piada e a descontração sintática pareceriam revelar o contrário. A dominante é a individualidade do autor, poeta da ordem e da consolidação, ainda que sempre, e fecundamente, contraditórias. Torturado pelo passado, assombrado com o futuro, ele se detém num presente dilacerado por este e por aquele, testemunha lúcida de si mesmo e do transcurso dos homens, de um ponto de vista melancólico e cético. Mas, enquanto ironiza os costumes e a sociedade, asperamente satírico em seu amargor e desencanto, entrega-se com empenho e requinte construtivo à comunicação estética desse modo de ser e estar.

Vem daí o rigor, que beira a obsessão. O poeta trabalha sobretudo com o tempo, em sua cintilação cotidiana e subjetiva, no que destila do corrosivo. Em Sentimento do mundo (1940), em José (1942) e sobretudo em A rosa do povo (1945), Drummond lançou-se ao encontro da história contemporânea e da experiência coletiva, participando, solidarizando-se social e politicamente, descobrindo na luta a explicitação de sua mais íntima apreensão para com a vida como um todo. A surpreendente sucessão de obras-primas, nesses livros, indica a plena maturidade do poeta, mantida sempre.

Várias obras do poeta foram traduzidas para o espanhol, inglês, francês, italiano, alemão, sueco, tcheco e outras línguas. Drummond foi seguramente, por muitas décadas, o poeta mais influente da literatura brasileira em seu tempo, tendo também publicado diversos livros em prosa.

Em
mão contrária traduziu os seguintes autores estrangeiros: Balzac (Les Paysans, 1845; Os camponeses), Choderlos de Laclos (Les Liaisons dangereuses, 1782; As relações perigosas), Marcel Proust (La Fugitive, 1925; A fugitiva), García Lorca (Doña Rosita, la soltera o el lenguaje de las flores, 1935; Dona Rosita, a solteira), François Mauriac (Thérèse Desqueyroux, 1927; Uma gota de veneno) e Molière (Les Fourberies de Scapin, 1677; Artimanhas de Scapino).

Alvo de admiração irrestrita, tanto pela obra quanto pelo seu comportamento como escritor, Carlos Drummond de Andrade morreu no Rio de Janeiro RJ, no dia 17 de agosto de 1987, poucos dias após a morte de sua filha única, a cronista Maria Julieta Drummond de Andrade.


Bibliografia
Arnaldo Jr.

Amar por Drummond e uma receita de um jantar para o amor!


"Que pode uma criatura senão,
entre criaturas, amar?
amar e esquecer,
amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?

Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz a praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?

Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho, e uma ave de rapina.

Este o nosso destino: amor sem conta,
dsitribuido sobre as coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor a procura medrosa,
paciente de mais e mais amor.

Amar a nossa falta mesma de amor, e na secura nossa
amar a água implícita, e o beijo tácito,
e a sede infinita."

Carlos Drummond de Andrad

Por Cris Ayres


O amor vem para cada pessoa de forma diferente e por isso é mágico e infinito.


A receita do amor é a liberdade, embora não se aplica a todas as pessoas.
Deixar livre este sentimento é o que faz com que ele prolongue por muito tempo.
Amar sem pedir nada em troca, somente amar.
Evite pressão.
Evite ciúmes .
Confiança é o alimento para o amor.
Quando ele é verdadeiro não deixa dúvidas.
Dêem as mãos e siga na mesma direção.
Tenham prática espiritual (não importa qual).
Sejam amigos verdadeiros e cúmplices
Ande na mesma direção.
Parem para olhar a Lua, o Sol e as Estrelas.
Tirem o foco do horizonte, olhe para todas as direções.
Brinquem e dancem.
Faça um jantar para comemorar os bons e maus momentos, todos fazem parte do amor!

Receita para um jantar


Entrada

Brusqueta de pão de mandioca sem glúten (pão Aminna)
2 tomates pelato picadinho sem semente
1/2 dente de alho bem picadinho
30 folhas de manjericão
3/4 de xícara de café de azeite de oliva extra virgem
sal a gosto
caldo de 1/4 de lima.

Aqueça o pão no forno e dê uma leve torrada, enquanto isso misture o restante dos ingredientes em um potinho.

Assim que o pão estiver pronto coloque esta mistura em cima do pão e sirva de entrada.

Inhoque de mandioquinha e ervas

500g de mandioquinha bem cozida e passada na peneira -  
130ml de creme de leite fresco temperatura quente
sal a gosto
75g de fécula de mandioca

Faça um purê homogêneo com a mandioquinha quente e acrescente o  creme de leite.
Desmanche a fécula de mandioca com pouca água
Misture tudo e leve ao fogo, coloque o sal e mexa até virar uma massa e desgrudar da panela.
Coloque a mistura numa manga de confeiteiro (a manga tem que ser aberta com a largura de um inhoque normal).

Separe um recipiente com água gelada e gelos e com a manga de confeiteiro vá colocando a massa no recipiente para dar um choque térmico, e assim,  ficar com uma textura mais firme.

Delicadamente tire a tira do inhoque da água fria e corte na espessura do inhoque.

Ligeiramente leve o inhoque em um recipiente com água quente, não ferva e deixe por muito tempo pode desmanchar.

Molho ao pesto

Ervas
½ maço de manjericão
¼ maço de manjerona
¼ maço de salsa
¼ maço de Cerefólio
1 xícara de chá de azeite de oliva extra virgem
50g de amêndoas
50g de castanha do Pará
Bata tudo no mix ou liquidificador.
Acrescente o molho no inhoque e sirva ainda quentinho.

Manjericão emblema do amor em Roma
Manjerona uma das ervas preferidas de Afrodite, a deusa do amor na mitologia grega. Por isso, esta erva teria o poder de adoçar a vida e trazer alegria para casais.
Salsa os poetas gregos acreditavam que a salsa aguçava suas faculdades criativas, paz e discernimento.
Cerefólio Trata-se de uma salsinha sofisticada, conhecida pelos romanos como “Erva da Alegria”.